Sempre fui muito
maria-rapaz.
Saias e vestidos nunca
foram o meu forte. Preferia fazer sopas de lama; correr e atirar-me
para o chão; brincar com legos, bolas, transformers, jogos de
computador e, mais tarde a internet, do que com bonecas. Tive umas
quantas Barbies que, coitadas, a maior parte levaram com uma
maquilhagem permanente de tinta de caneta BIC e cortes de cabelo
radicais. Isto quando não cortava eu o cabelo a mim própria, para
desgosto da minha mãe que uma vez chegou a ter de me quase rapar o
cabelo por causa das minhas asneiras com a tesoura. As crianças com
que mais brincava eram rapazes com quem, aliás, estatisticamente
sempre me dei melhor - apesar de não fugir propriamente de amizades
femininas. Eu até tinha amigas, mas muito poucas, pois raras eram as
raparigas que queriam estar comigo nos intervalos devido à
disparidade de interesse. E a coisa normalmente era recíproca, pois
os assuntos “ditos femininos” de maquilhagem, depilação, etc
não me interessavam na altura (estamos a falar do 5º ao 12º), por
isso acabava sempre por ficar num canto sozinha a ler, a ouvir
música, a tirar fotografias, etc., ou então a entrar pelas salas de
aula dos 9º+1, que eram tipicamente ocupadas por rapazes e coisas
electrónicas. Estão a ver o filme, não estão? Eu nem precisava de
dar uma descrição tão extensa - maria-rapaz resume muito bem isto
tudo. Quem é ou foi uma sabe bem do que falo.
Foi assim até chegar à
faculdade. Aí comecei a ter mais amigas raparigas do que o costume
(coisa natural pois ali estávamos todas no mesmo curso, logo havia
finalmente interesses em comum e não apenas uma questão de ser da
mesma turma porque se tem idade x e se é do concelho y) e, apesar de
não ser uma questão de causa e efeito, a querer usar maquilhagem. Uma coisa não
afecta necessariamente a outra, pois muitas das amizades femininas
que fiz na faculdade nem sequer se maquilhavam e não falávamos
disso, mas reparei que foi nessa altura que assaltei os batons da
minha mãe.
Comecei por aí. Depois
namorei com um palhaço (no sentido profissional do termo mesmo) e,
curiosíssima com o que ele fazia, quis experimentar também as artes
circenses e virei-me para um tipo de maquilhagem muito específico, o
de clown. Aquilo a que se chama de “branco” era e foi a
minha base desde então...
Até ao ano passado,
quando decidi experimentar uma base da Clinique, que ainda hoje uso,
para ver se deixava de ter a cara toda sarapintada das borbulhas que
de repente, já muiiiiiito depois da adolescência, decidiram
aparecer. E foi também por essa altura que comecei a achar piada às
saias e vestidos e sapatinhos todos bonitinhos. Ah, bijuteria? Malas?
Penteados e estilos? Isso sempre adorei. Apesar de não fazerem parte
das minhas conversas, essas coisas sempre foram a minha perdição,
junto com o material escolar, cadernos e livros e canetas....
E agora ganhei uma
perdição nova: a maquilhagem. E quero mais, e saber mais. Em parte,
este novo apreço pela maquilhagem e pelas coisas bonitas que se
podem fazer com ela deve-se a uma maturidade que finalmente veio com
a idade, que me deixou capaz de apreciar a beleza das coisas, mesmo
as que me são estranhas, pelo trabalho em si, além do resultado.
Estou a referir-me à arte que é maquilhar alguém, ao conhecimento
necessário para o fazer de forma a que não acabemos como... bem,
como um palhaço – coisa que faço relativamente bem! :P
E se por um lado esta nova
perdição se deve a uma maior abertura da minha parte a coisas que antes me desinteressavam, por outro lado deve-se também à
Marta Veloso e à sua calorosa comunidade de Martettes da qual faço
parte, que podem visitar em: Essenciais, Make Up e Outros por Marta V. assim como a sua crew em: https://www.facebook.com/MartaVMakeUpCrew.
De início estava um
pouco apreensiva. Pensava: “Não sei nada de maquilhagem, que estou
aqui a fazer? Não tenho nada que possa dizer que seja de valor para
elas, vou mas é ficar caladinha e apenas absorver o máximo de
informação possível e depois sim, poderei abrir a boca...”.
Esse pensamento não
durou nem um dia.
A Marta é simpática e
super acessível e deixa toda a gente à vontade para participar e
falar. E as Martettes a mesma coisa. Aceitaram-me como se
fossemos todas amigas num café a conversar. E eu sei que isso pode meter impressão a quem está de fora e não participa. Podem achar falso tanto “linda” e “querida”
para trás e para a frente, mas garanto-vos que é genuíno e
sentido. Somos todas lindas, e queridas. O sentimento de comunidade e carinho é muito forte ali.
Um exemplo do que falo:
Há uns dias o facebook bloqueou-me a conta; pensava que eu não era quem dizia ser por causa de não ter reconhecido no seu jogo de "quem é quem" as pessoas (que não eram mesmo pessoas pois as fotos que apareciam eram de artigos de moda, artesanato, etc), e fiquei sem acesso a quem tinha adicionado... Não por muito tempo! A Marta e as Martettes socorreram-me divulgando o meu novo perfil e adicionando-me de volta com uma velocidade tal que pouco tempo fiquei sozinha. E só me conheciam há uns dias! Imaginem o que não fazem pelas pessoas com quem convivem há mais tempo... Defendem, com unhas e dentes!
Além disso, deixaram-me à vontade
para ser eu própria: nunca lhes escondi o facto de não perceber
ainda nada de maquilhagem e que tinha crescido como uma maria-rapaz –
e o medo que tinha de que o conhecimento disso lhes pudesse servir
como um incentivo para não me ligarem alguma... Bem, cedo vi que era
infundado, pois elas são o máximo e não excluem ninguém. Basta
seres tu própria ali e fazes amigas.
E no que parece apenas
uma conversa entre amigas, umas novas, outras de longa data, naquela
página vai-se aprendendo imenso e é por isso que hoje... Hoje a
pirralha recomenda-vos que, se já não o fazem, sigam a Marta. E se
o meu testemunho não vos bastar como incentivo para clicar naquelo
botão de “gosto”, digo-vos também isto: ela dá. Dá, dá, dá.
Está sempre a dar coisas. E vão ver... vão clicar naquele botão
de “gosto” nessa página, possivelmente pelos prémios, e vão
acabar por ficar pelas dicas, simpatia, convívio, boa disposição e
amizades que por lá vão fazendo. <3
Eu fiquei fiel...
completamente apanhada pela Martinite aguda. A minha mãe até tem
ciúmes, está farta de me ouvir falar dela! :D
9 Comentários
Martette power :)
ResponderEliminaruiiii *_* o meu blog esta ali na lista de blogs que gostas de ler obriiiiigada :) beijinhos
ResponderEliminarClaro que está! :D De nada!
EliminarExcelente =) Vivam as Martettes!!!
ResponderEliminarVivam! o/
Eliminar(não sei porquê, ia jurar que já tinha respondido, mas vim hoje aqui de novo e apareceram por responder de novo - se recebeste resposta duplicada desculpa xD)
Martetes o novo elitismo ...
ResponderEliminar:) Muita gente disse viva as Martetes mas viva também as Pirralhetes, grande blog!
ResponderEliminarD'awwh! <3
EliminarO que eu gosto de vos ler! :D
ResponderEliminarE quem sabe um dia conhecer... ;)
Muito obrigada pelo comentário! Tentarei responder em breve se houver alguma questão premente. ^-^
Beijinhos,
Pirralha