Como uma das melhores séries a surgirem no ano passado não é de estranhar que Stranger Things tenha sido alvo de numerosas adaptações para jogos.
Aquela que mais me chamou a atenção e acerca da qual vos irei falar é a produzida pela BonusXP Inc. Com um aspecto muito reminiscente dos fabulosos rpgs 16 Bits que polvilhavam a SNES, Stranger Things segue de perto os eventos da série televisiva. Mas não à risca, tomando as liberdades necessárias de forma a conseguir ser um jogo apelativo e de qualidade.
A história começa com o chefe da polícia de Hawkins, um deprimido Jim Hooper, a ser chamado para resolver estranhas ocorrências que estão a ter lugar num laboratório da cidade. Daí em diante seremos confrontados com todo o tipo de adversários, naturais e sobrenaturais, enquanto procuramos uma data de miúdos desaparecidos.
Tirando algumas lições de jogos como Zelda ou Zombies ate my neighbours, Stranger Things dá uma liberdade bastante grande ao jogador para explorar a rústica cidade de Hawkins. Novas áreas da cidade serão acessíveis à medida que formos completando as diferentes masmorras.
Um dungeon crawler na sua natureza, Stranger Things coloca grande ênfase na resolução de puzzles que nos são apresentados de formas bastante inventivas (ex: o uso do urso para partir troncos que nos bloqueiem o caminho).
Certas partes da masmorra só poderão ser acedidas mediante o uso de um cartão verde, que pode ser encontrado em baús ou simplesmente adquirido com moedas numa das duas lojas de Hawkins. No entanto, não se pense que não existe acção neste jogo.
As masmorras estão repletas dos mais variados adversários, alguns com uma forma muito própria de serem derrotados. Entre alguns deles temos: o segurança (o inimigos mais fácil do jogo), o pistoleiro e o mecânico (capazes de atacar ao longe), os tentáculos (só destruídos com bombas e timing), o homem forte (só vencido por armadilhas), os ratos (velozes) e os mochos (que fazem ataques rasantes), entre outros.
No fim, teremos um boss para bater. Ao completarmos as masmorras, não só desbloqueamos a próxima, como também conseguimos mais personagens. Cada nova personagem trará consigo uma habilidade muito própria que será útil para sermos bem sucedidos nos desafios seguintes.
De salientar que existem dois mundos em Stranger Things. O de Hawkins e um mais sombrio. Se formos vencidos, voltamos ao início da masmorra. A nível de ataques, o de Hopper não poderia ser mais básico, pois consiste apenas em socar os adversários. As personagens que formos desbloqueando têm habilidades muito mais interessantes, como é o caso de Cal, o rapaz da fisga.
Stranger Things é um jogo com muito para se fazer e muitos objectos para apanhar. Temos os corações vermelhos(para encher a energia), o coração grande (reunindo as quatro metades ganhámos um coração vermelho extra), as pedras (funcionam como munição) e as moedas (usadas para adquirir outros itens).
Estes são os itens básicos. Existem outros como é o caso das cassetes VHS, dos gnomos de jardim ou das waffles, assim como muitos outros relacionados com as múltiplas sidequeasts que nos são pedidas pelos NPCs.
O jogo tem um ambiente fantástico e os sprites são grandes e detalhados. A banda sonora é também ela adequada se tivermos em conta o ambiente soturno da série televisiva. Apesar de ser um jogo expansivo, nunca há o risco de nos perdermos verdadeiramente, uma vez que existe um mapa a partir do qual nos podemos guiar.
O único senão reside no facto de ser um jogo táctil. Muitas vezes perdi batalhas e tempo por ter os dedos à frente do ecrã. Um problema facilmente resolvido com um estilete fino.
Em suma, uma excelente proposta para os telemóveis. Altamente aconselhável.
Escrito por: Ivo Silva
(podem ler muito mais sobre comics, jogos e demais temas geek no blog: http://culturaeartepop.blogspot.pt/)
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Pirralha